quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Sem título

Os risos no canto da boca que me tiram do sério. É fácil ver a vida alheia cair como peças de dominó. É o choro, a decepção, a desgraça do outro que te faz feliz. Poderia ser mais simples se a felicidade do outro fosse a sua. Não, no meu jardim não tem as flores mais bonitas mas são minhas! Na minha horta, não nasce pé de paixão pois a terra não tem adubo, não tem quem adube. Mas meu pé de solidão cresce demais. Doce, amarga solidão. Agridoce, melhor. Como do que eu planto. As pessoas me assustam nos mínimos detalhes e me entristecem só de existir. A existência é algo extremamente triste, a minha ou a sua.




Jordana Braz