domingo, 28 de dezembro de 2008

Don Juan contemporâneo

Não confie em homens que escrevem cartas,
Não confie, conselho de amiga.
Já recebi muitas e hoje sei que elas eram apenas
Frases feitas manuscritas.

Não queira um homem que te trate como princesa.
Princesas existiram sim e existem,
Mas nunca como nos contos de fadas...
O encanto só existe enquanto há sono.

Não sonhe com um homem que cuide de você,
Como aqueles que observam a mulher enquanto ela dorme...
Usam "O namorado perfeito" como slogan
Porque definitivamente são homens mal resolvidos.

Temam homens que se apaixonam facilmente,
Tudo que é feito as pressas, desmorona.
O bom homem nunca existiu
E aqueles que são perfeitos demais, mentem.
Experiência própia.

Jordana Braz

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Então... é Natal!

Natal é deprimente...
Algo estranho, já que é o dia onde tudo é perdoado.
Por mais arrogante que seja alguém, ela se torna gentil...
Aliás, Jesus me desculpe, mas usam seu aniversário
Como o dia mais mesquinho do ano.

Os pais iludem as crianças com a imagem
De um bom velhinho consumista,
As tias da família passando o dia inteiro na cozinha
Picando, salgando e provando a comida,
O telefone toca, toca... e Feliz natal.

De jinglebell a Roberto Carlos na tv...
E aqueles amigos secretos de guardanapo, sabe?
O pavê que não se come, o pisca-pisca colorido e apagado,
As tentativas de engolir a seco perguntas sobre sua vida:
Vida esta tão quietinha...

E a ceia sobra pro almoço
Assim como sua sede por tequila ou por outro destilado.
Natal cansa, Natal engorda, Natal é falso
E ainda bem que é só uma vez por ano.

Jordana Braz

domingo, 21 de dezembro de 2008

Onze meses

Dezembro: o resumo de 334 dias.
O que foi conquistado, o que foi perdido,
Emprego ou amigo, sorte ou desapego...
E na parede, um calendário ansioso
Para o fim que lhe espera.

Para o calendário, eu não sei
Mas para os dias que o compunha
Tenho aprendizagem e dias vividos como destino:
Devido a eles, sei exatamente onde chegar
E o que não dizer.

Daqui a um ano,
Dezembro terá um novo resumo,
Novos dias, pessoas, caminhos, história
E votos que o próximo ano seja tão bom professor
Quanto os passados onze meses.

Jordana Braz

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Ode ao Moreno de dreads

Ô moreno de dreads, Aleluia!
Te ver em 4 dias me fez tão bem...
Seus olhos de canto me olhando,
Sentada em uma calçada suja de canto,
Mexeu platonicamente um coração miúdo.

Não sei seu nome, estado civil ou algo assim
Mas moreno de dreads, aleluia meu irmão!
Tu és uma das graças desse meu infinito dezembro...
Você me fez sentir tímidas borboletas no estômago.

*E boa sorte para nós no vestibular !
Será muito bom ser sua 'colega' de sala...

Jordana Braz

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Letra C

A beleza em ser diferente se multiplica
Em várias armações de óculos grossas.
Cabeça cheia de bons títulos,
Dostoiévski, Nietzsche e Saramago são referências...
Um senso comum cult.

É legal escutar los hermanos
Mas renegar os tempos de Ana Júlia.
'Reasons To Be Vegetarian' e escrever em inglês.
Odiar cigarro e dizer que ama a Augusta...
Um senso comum clichê.

Ter cara pálida, boca vermelha
E um 'Q' de aspirante a playmate.
Muito peito e pouca bunda.
Muita bunda e pouco cérebro.
Inteligência não combina com a Globeleza...
Um senso comum comercial.

O que ser perante aos outros causa medo.
Um medo desnecessário pois basta ser apenas o que sente.
O que era qualidade, virou cult.
O que era costume, virou clichê.
O que era mulher, virou comércio.
E o senso comum se torna a cada dia mais calhorda!

Jordana Braz

sábado, 6 de dezembro de 2008

Mundo, vasto mundo!

Em um universo tão grande,
O mundo realmente é pequeno.
Gira em torno de si, gira em torno do sol
E as pessoas no mundo se conhecem
E desconhecem da mesma maneira.

Do pequeno globo visto pela Nasa
Ou do mundo, vasto mundo ao meus olhos,
O que vai, volta... não da mesma maneira
Mas de alguma maneira, volta.

E que os vilões perdoem o público ignorante
Que não percebe a vigança dos filmes
Como uma singela releitura do mundo
Só com um pouco mais de glamour.

Jordana Braz

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Feito poeira

Tudo é simples
Já que tudo que é feito, um dia passa
Desde mágoas á um simples beslicão.
Mas, por mais que eu saiba disto
Eu não me sinto livre pra agir assim.

O tempo corre, cada dia mais rápido
O que passou, passou...
O que virá, virá
E o hoje um dia irá passar, diariamente.

Resta apenas eu saber lidar com tudo,
Com os nãos que eu irei ouvir
Com expectativas que eu irei causar
E as desilusões que isso causará.

Por mais forte que eu demonstre ser,
Eu ainda não me vejo assim.
E tudo que for me trazer insegurança,
Eu apenas desejo que passe voando,
Feito poeira.

Jordana Braz

domingo, 16 de novembro de 2008

Terceira pessoa

Disseram que ela era triste,
ela não sabia até se olhar no espelho
e não se reconhecer refletida.
Ela não sabe o porque está assim
Já que tem tudo, tem todos
E tem senso de humor.

Ela realmente não sabe,
Porque tanta tristeza, tanto vazio
Em meio a tanta perspectiva.
Ela escreve o que sente, lê depois
E sabe que isso não resolve muita coisa.


Jordana Braz

sábado, 15 de novembro de 2008

Resenha de fim de semana

Queria eu não sentir solidão,
Por mais que isto seja inerente
Ao homem pensante.

E quando nada agrada,
Nada te faz rir como antes,
Nada te preenche porque tudo
É a pura mesmice,
Explode uma inquietude silenciosa
Sendo o rastro da nuvem de fumaça
E a destruiçao só vista por mim.

E tudo está tão certo...
As vezes bate a porta a carência
E nesta altura do campeonato,
Ficar vunerável não é bem aceito.

Minha necessária solidão de final de semana
Mais uma vez acabará na cozinha comendo um bolo
Ou á frente do pc conversando
Ou escrevendo em um blog.


Jordana Braz

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Descobrimento

Descobri que não há mal que não seja para o bem.
Não sei, descobri também que no céu
Não há só a cor azul;
Há o branco das nuvens e o cinza da chuva chegando...
Uma necessária chuva.

E de todas a cores possíveis ao longo do caminho,
Entre listras e xadrez,
Não me deixarei em nenhum momento...
Aprendi que o zelo que tanto quis,
Dependia só de mim.

E vou manter meus pés no chão
Será mais fácil assim caso eu precise dançar;
É terrível começar a escutar a música
E decidir dançar quando ela está na metade...

As emoções que sinto serão sempre as mesmas
Só que não com tamanha intensidade.
É medo de se deixar levar e tropeçar de amor,
Novamente.


Jordana Braz

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Outros legais

Muitas pessoas legais que conheço,
Não frequentaram faculdade.
Fazem aquilo que as deixam felizes,
Não trabalham em escritórios nem hospitais.
Muitos moram com os pais
Ou dividem um apê com desconhecidos sanguíneos...

Solteiras por opção, encalhadas ou desiludidos,
Não ligam para marcas,
Não sabem quanto esta alta do dólar,
Nem nada... São joviais, atemporais...
Bonitas de ver e de conhecer.

Felizes por serem elas mesmas,
Não têm filhos e se têm,
São excelentes pais numa maneira nada tradicional.
Tem manias estranhas, fogem do padrão
E há nelas boas histórias para se ouvir
Além que para cada palavra contada,
Haverá um cisco caído no olho.

Conheci e vou conhecer tantos outros legais
E ás vezes penso que serei um deles,
Já que ainda não me formei,
Tive desilusões e economia só faço por necessidade...

Jordana Braz

sábado, 1 de novembro de 2008

Reticências

Do que era uma mão,
Hoje não há nem sujeiras nas unhas...
Engraçado, sinto mil sentimentos em mim
Todos bons e todos esperados,
Menos um sentimento;
De significado forte expressa em apenas quatro letras...
Ódio não, mas é tão triste e repulsivo a algo que já considerei único.

Mas... depois que passa a gente ri!
Quando lembra e se lembrar,
A gente refaz a história, na cabeça...
Em um mês, tudo está a 180°
E em pensar que vivi anos em 360...

Quantas reticências já escrevi, senti e pensei
Tantas vezes os três pontinhos me vestiram
E neste texto tão recente,
Há algumas como esta ...

E se perguntarem de mim,
E se o acaso tiver uma resposta, saiba:
Fui ser Feliz e já volto.
(Reticências...)


Jordana Braz

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Caderno de caligrafia

Olhando para minha mão esquerda,
Meus olhos percebem nostalgia...
Já que a vontade de ser canhota
Ainda me acompanha, desde o primário.

Destra sou e redundante a isto devo,
Olhando para minha mão direita
E a todas as palavras que escrevo,
Consto que essa mão destra
Nunca foi amiga dos cadernos de caligrafia...

Jordana Braz

domingo, 26 de outubro de 2008

Chão de algodão

Um dia destes,
Que tem como costume ser abafado e desgastante
Resolvi andar...
Sempre andei, mas preferi usar meu velho par de sandálias.
Ainda não sei por que...

Havia me esquecido que aquelas sandálias,
Tinha como molde, meus pés.
Confortável embora velha,
A sensação foi tão boa
Que parecia estar descalça sobre algodão... um chão de algodão.

Um dia destes, ontem,
Percebi que não fui justa por inúmeras vezes
Com minhas sandálias...
Preferi novos calçados em atos de novidade,
Empolgação, paixão e coisas de momento
E as deixei, simplesmente...

Hoje sei que
Entre sandálias e sapatilhas
E entre botas e notas,
Consta em mim provas
Que arriscar pelo duvidoso sem cuidar do certo
Causa uma coisinha chamada arrependimento...


Jordana Braz

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Carta á Eleonora

Algum lugar, 21 de outubro de 2008.

Eleonora,
Você é uma moça talentosa e sabe disso,
Seus olhos pequenos meio orientais fascinam,
Assim como suas artes...
Já tive muito prazer em ser apenas seu amigo.

Hoje não sei mais... Mesmo que você se pergunte,
Não importa quantos espelhos seu quarto possue,
O que você não vê, espelho nenhum lhe mostrará.
Apenas o tempo e quem sabe alguma lembrança minha
Ou de outras pessoas que você já fez chorar.

Tão linda e tão cruel...
Talvez eu tenha sim culpa, a verdade nunca foi absoluta
Mas tenho a consciência limpa de que nunca te enganei
Sempre te respeitei, um respeito que me deixou chato
Já que não tem tanto valor coisas que vem fáceis, na mão...
Um dos meus erros foi demonstrar demais.

Sou um estúpido aprendiz de poeta
Das cartas que lhe escrevi, enviei todas
E estive á espera das suas até ontem...
Quando olhei para minhas mãos vazias e senti que elas nunca foram escritas.

Como a vida tem graça, Eleonora...
Um dia você me pediu para que não sumisse da sua vida
Ri acreditando que era verdade... Mas como já escrevi:
A verdade nunca foi absoluta, pena!

Não terá mais cartas destinadas a você
Você nunca gostou delas mesmo...
Eu que teimoso sou e usei da única arte que sei fazer, escrever,
Pra demonstrar quanta força você movia em mim...

Então é isso,
Até um dia para não dizer Adeus...
(Amenizando a falta de perspectiva do fim...)

Hélio.


Jordana Braz

domingo, 19 de outubro de 2008

Conto do vigário

"Alguns amam com o coração, outros com o cérebro... talvez eu ame com o rim..."

Eu sinto um amor que não cabe em mim
Amor puro, aquele que é paciente, compreensivo, tolerante
Mas não burro e idiota.

Por mais que não queira saber, não nego a decepção que você me causou.
Nunca te pedi nada além do mínimo.
Cuidar para que eu não me magoasse,
Já que engoli muitos motivos a seco,
Só pra não te magoar.


Você me chama de louca, ciumenta... diz que preciso de psicólogo.
Que isso, você sabe do que eu precisava... não preciso mais.
Você simplesmente andou por cima, ignorou meus apelos
Por mais que fosse apenas um " Vamos conversar"...
O amor é tolerante, não burro.


Seu "depois eu..." me desgastou muito!
Ainda mais ao perceber que você não o faria, não é nem pela falta de tempo
Simplesmente um "não quero" camuflado de "não posso".
Eu nunca liguei pra dinheiro, pra distância, nem nada.

Segui minha vida trazendo você no peito e com todo o respeito.
Pra ouvir de você um " eu sei da minha importância... mas cada um cultiva do jeito que pode"
Isso foi um tiro certeiro,
Sem razão e no peito.

Não sondo sua vida, tenho a minha
Apenas me vi em outra
Mesmas cenas, mesma tática, mesmas desculpas
Tão parecida... que machuca, você me vê em outra
Não vou te procurar em outras pessoas
Quero outra história...

O valor que eu tenho, você não soube segurar.
E você sabe que por você, eu comeria arroz
Por mais que eu não goste
Mas só por estar comendo com você, bastava.

E não coloque a culpa em mim, você sabe muito bem
Que para eu agir assim, meu limite ultrapassou.
De todos os meus homens, futuros e passados
Você foi o que mais me magoou.
E com toda a certeza e força do mundo
Não me interessa as passadas e muito menos as futuras
Mas de todas, a que mais te amou, fui eu!



Jordana Braz

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Luiza

Luiza, ao te ver andar,
Percebo em seus passos, pressa
E em sua feição, tudo o que passa em sua mente.
Luiza, Luiza... te conheço tão bem, menina.

Até sei onde você chegará...
Te magoa ao fazerem de risos
Todos os sentimentos que você possui.
Não deixe isso acontecer de novo, Luiza!
Não deixe suas emoções virarem retalhos.

Você é ingênua, por mais que seu tamanho não demonstre
Mas é forte, embora sua sensibilidade não mostre.
Esconde em ti um lado tão passivo que te irrita e te coça.
E é mira do Ego que você mesma deixou inflar.
Não permita isso, Luiza...

Ego nenhum fará você de idiota,
Nem fará você se sentir culpada por erros que não lhe pertence.
Nem o seu própio ego nutrirá seu orgulho.
As pessoas sempre te interpretaram de forma errónea.

Desapegue da casa de marfim que construiu,
Já que desta vida, você não levará nada!
Esqueça os vínculos, os laços e histórias:
Isso funciona apenas em filmes...
Não se agrida ao perceber que você não é tão querida assim...
Não lamente... você fez sua parte, inteira.

Luiza, não estranhe se ao te escrever,
Eu coloque carinho de mãe sobre as palavras.
Não somos parentes, nem vizinhas:
Eu apenas estou em você.
Jordana Braz

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Apenas uma frase

"E que pena que ao crescer, descobri que o mundo não é tão azul assim..."

Jordana braz

Namorinho de portão

Marília: passou por esta vida
E não soube o que é um namorinho de portão.
Passou a adolescência toda á observar
E ver em suas amigas, a beleza de ser levada até em casa
E ser beijada no portão.

Marília sofria tímida,
Pois só soube o que era um beijo depois do colegial
Mas sempre negava ao mundo ser boca virgem;
Negava o que era óbvio, já que além de ser muito gorda,
Sempre mudava o nome do garoto que havia beijado-a na mentira.

Pois é Marília... ao lembrar desta fase
Te surge à face um breve sorriso, um alívio
E uma calma saudade:
Dos aúreos tempos em que apenas assistia o cortejo,
Percebia o desejo e não sentia a dor do depois.


Jordana Braz

2008: O ano de Estela.

Estela considera 2008, o ano dela.
Embora muitos dos dias foram os mesmos
Com cenas repetidas e reprises de escritas,
Estela foi mais ela.

Estela é singela.
Estela sabe que exagera, mas é sem intenção
Estela foi mais ela
Estela está sendo ela.

Estela nunca disse que era legal
E por isso sempre se ferra no final
Mas ela sabe que faz parte.
E por mais que ainda seja Outubro
Estela canta e encanta
A si mesmo.

Jordana Braz

domingo, 12 de outubro de 2008

Instantâneas

Nome, Shampoo, Coca-cola, Chapinha, Funk, Novela, Reality show, Premiações musicais, filmes, carro , moto, livros, tênis, músicas, orkut, faculdades, religião, Caras, Veja, Unhas vermelhas, Chocolate, Verbos, gerúndio, piercing no umbigo, Academia, Indie rock, óculos de armação grossa, Paulo coelho, Naruto, Falar Mal de política e da Britney spears, Rir do chaves , Tatuagens, Pede pra sair, Carnaval, Bunda, silicone, Tv, Cerveja, boteco, Falar da vida dos outros... ah!!!

Chega... é tudo farinha do mesmo saco.
Escapismos, alienações, bem comum,
Felicidades instantâneas...
Causa imensa tristeza pensar na vida,
Falar com o eu... lá no fundinho.
Perguntar, perguntar e não ter respostas
Mas mesmo assim, perguntar.

Chega... por mais que seja mais fácil
Ter como única preocupação
É o que ter pra fazer sábado á noite,
Isso não é a vida.

Jordana Braz

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O molde

Ah perda... você é um saco!
Aliás, é o própio homem do saco
Vive a assustar... mas pena que você não é uma lenda,
Você causa medo de verdade.

Você, perda, é omnipresente
E se aproveita disso com toda a astúcia.
Sei que você faz parte da vida
Como faz parte da morte.
Além de aparecer em jogos de cartas
E em partidas de futebol...

Mas ao mesmo tempo que te vejo com pessimismo
Te vejo como uma consequência, uma evolução.
De início ver você, choca
Mas nada como o tempo para te moldar:
Moldando em saudade, moldando em rancor
Ou moldando em lembrança.


Jordana Braz

domingo, 5 de outubro de 2008

A arte do desencanto.

Em todas as vezes que prometi não escrever mais,
Escrevi a mais.
Mesma coisa quanto ao sentimento que está doente.
Cedi por muito tempo como colchão, meu coração
E fiz como edredon e manta,
meus sentimentos mais ternos.
Para que todos os seus sonhos fossem bonitos
E ao despertar, você sempre deixou a cama improvisada, desfeita.
Cabendo sempre a mim arruma-la,
Para que seu sono da noite seguinte fosse tranquilo, o mais bonito,
Mesmo sabendo que a cama permaneceria desfeita
Durante o dia.

Acho que te deixei mal acostumado...
Enquanto vejo você montar uma outra história
Continuo contando a nossa, a mesma.
Enquanto vejo você em novo encanto
Me sobra apenas a arte do desencanto.
Enquanto a única coisa que desejo é uma atenção tola
Como um abraço ou uma rosa em 3D,
O que me dá, o que me sobra e o que me resta
Simplesmente é o aguarde, a indiferença.

É massante ser feita como café com leite!
Ser tratada como um talvez, deixado em banho-maria.
Você me faz sofrer não é pelo fim
Me fere por não me ver como me mostro, não dá valor.
Não entende que eu ainda não entendo
Que conquistar é a lei do universo
E que assim que consegue, acaba a graça.
Efeito Caça e caçador.

Faz bem ao ego, creio
Saber que há alguém que te ama
Mesmo esse alguém sendo a última linha
Do papel da sua lista de prioridades
E faz bem a pele, creio
Ver à tudo isso mantendo cara de paisagem...

Certo, você está.
Qualquer pessoa que conseguisse peças raras
Como Amor, Fidelidade, Lealdade e outras coisas
Em desuso contemporâneo, agiria assim:
Inclusive eu.

Já que é mais cômodo ser ídolo do que fã;
É mais fácil ser o idealizado do que o idealizador;
Sempre foi mais confortante ser o torturador do que o torturado...
É gostoso se acostumar com a facilidade.
Prático: cansou, joga fora.
Tipo roupa larga, sabe?
Usa a roupa larga, não pretende ajusta-la
E a veste mesmo sem gostar
Até ter cacife pra comprar roupa nova do tamanho ideal...

Mas não sou peça de roupa, Nunca fui!
Se te amo, é amo... amei seria uma mentira.
Ninguém deixa de amar, eu não deixo.
Única coisa que deixo é de ver você como único.

Te dou amor e recebo talvez
Te doei o melhor de mim
E não me arrependo, só acho que não houve zelo.
Cansa brincar de Bem-me-quer, mal-me-quer.


Jordana Braz

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Rebanho

Alguém já viveu um encanto?
Alguém já se percebeu em espanto?
Alguém já se sentiu como uma ovelha sem rebanho?
Alguém... sou eu.

Ah desencanto...
Pensava em você como a eternidade
e à te sentir, tempestade.

Mas ao perceber aonde tudo levou
Nada me moveu, apenas o espanto
de voltar ao início sozinha, sem meu rebanho.

A solidão que mora em mim, sou eu.

Jordana braz

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Aviso ao inquilino

Inquilinos sentimentos
Aluguei à vocês meu corpo
Minha mente é a sala de estar
E o que cobro é apenas zelo.

Mas há sempre um aluguel em atraso
E isto é mais um aviso:
Caro inquilino saudade
Você me habita, não me paga e me destrói.

Primeiro me tirou o sono,
Depois fez dos meus olhos, fontes de lágrimas
E hoje você nem sabe
O por que ainda me habita.

Te cobrar ainda me resta.
Para os danos causados não há reparos
Mas impede que o último alicerce se desfaça:
Minha sanidade.

Jordana Braz

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Ladainha do coração remendado

De idiota, só tenho o coração
E nada mais.
De cansado, só tenho o sentimento
E não mais.

De inocente, só a espera
Á espera de um oi dito
Ou de uma saudade escrita
Mania tola a minha de gostar sem freio.

Um gostar que me tortura
Me assusta, me machuca
E mesmo com fome, me consome devagar.

Ladainha, ladainha
E como pesa gostar sozinha!


Jordana braz

domingo, 21 de setembro de 2008

Ao avesso

De quem mais espero um afago:
Nem um lado
Um recado
Um agrado.

E de quem menos quero por perto:
Um abraço fraterno
Um sorriso aberto
E todos os sentimenos trocados, ao avesso.

Jordana Braz

sábado, 13 de setembro de 2008

O trilho

Quando eu de vez, me perder
Pelas ruas, pelo mundo ou pela vida
Será tarde - talvez- para alguém perceber,
Pois o valor de uma pessoa só vem no tarde demais,
Só na ida.

E se estive ao lado, por aqui e por lá, presente
Foi porque cega estava e mesmo assim, sozinha, caminhava
Sem temer a nada pois meu grito, sobre os trilhos, me guiava
Pois cri que haveria alguém a me escutar perfeitamente...

Mas as respostas dadas eram apenas meus gritos, em ecos.

Jordana Braz

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Cor mascavo

Para a melancolía que me toma
Resta apenas os dias em soma
Resultando nessas semanas e meses
Estas mesmas que me enfraquecem por vezes.

Melancolía que gera apenas tristeza
E estas como os amores, só expelem as dores
Que em mim percebo-as em cores
E nos outros não as vejo com a mesma destreza.

A maneira como choro não é feita mais por lágrimas
Mesmo enquanto minha pele cor mascavo torna-se pálida
Meu choro se dá na alma como um adeus na partida
Enquanto tudo o que quero é ter uma alma plácida.


Jordana Braz

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Por mais

Por mais longe que esteja
Por mais passado que seja
Por mais que eu não o veja
Por mais, por menos.

Por mais que ele não demonstre
Por mais que ele se esconde
Por mais que ele não me cheire
Por mais que ele não pense, não me sinta.
Não importa, eu o sinto o tempo inteiro.

Jordana Braz

sábado, 6 de setembro de 2008

Brinde á Augusta

Sexta-feira e seus bêbados corações
Afogados em cerveja, sem motivos aparentes para os outros
Mas na verdade, só os bêbados sabem aonde fica a mordida da serpente...
Ferida que tenta sarar em botecos, bebidas e em divagações.

Seja a dama ou o moço
Signos, seus elementos e seus nativos
Por mesa, sempre haverá no mínimo dois saudosos corações leoninos...
Que de gole em gole assumem que a intensidade nata é o grande mal.

Pode ser num bar da Augusta
Ou em algum bar perdido pela rua
Os bêbados não serão os mesmos
Mas bêbados sempre serão os feridos, mesmo.

Jordana Braz

domingo, 31 de agosto de 2008

Fiz

O que se faz quando tudo já foi feito?
Pretensiosa fui, pois do tudo, eu de tudo fiz.
E da pretensão sobrou apenas um vazio gelado no peito
Que congela de uma maneira que jamais quis.

Chorar pelo que derrama,
Seja por ele ou pelo leite derramado na grama
É prática útil apenas no ditado...
Já que o impossível fica fácil quando falado.

Amei, sofri, chorei;
Parti, cortei, feri;
Sonhei, escrevi, pensei
E hoje sei que minha parte inteira, cedi.

Jordana Braz

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Pandora

Seja para a moça que chora
E para sua ex-professora de nome Aurora;
Seja para a cozinheira mexendo seu doce de amora
Ou para menina que sem a bóia, se afoga.

Seja para a Roberta que fica com quem namora
Ou para Lulu com sua caixa de pandora*;
Sejam para elas e para a Jordana:
A arte de ser mulher é a arte mais insana.


Jordana Braz

*Lulu é a personagem interpretada por Louise Brooks em " A caixa de Pandora" (Die Büchse der Pandora ,1929) direção: Georg Wilhelm Pabst.

domingo, 24 de agosto de 2008

Brado

O que houve com a batalha?
Não há mais exército em campo,
Armas recudadas e colocadas ao canto
Sobrando apenas rastros de pólvora e pranto.

Quanto engano foi seguido.
Quantos sonhos foram cortados sobre o limo
Mas limpos com a farsa da honra e do mérito,
Créditos financiados pelo sangue.

Sorte apenas a estendida na flâmula
Rasgos dados de presente aos pais
E um exército inteiro desfeito
Mesmo feito de um homem só.

Jordana Braz

sábado, 23 de agosto de 2008

Minguante

Como fere a tentativa
de entrar e não caber.
Quebra os ossos, esmaga os orgãos
e sangra até morrer.
Se faz sempre pelo sonho do querer mas não ser.

Chora! pois tudo tem forma,
As coisas seguem normas
Que discriminam os de fora.
É apenas o sistema que inibe os problemas.

O querer nunca foi o bastante
Para o tempo, a vida é um instante
E minguante feito a lua.
Crua e nua que machuca os sonhadores.

No conformismo há fraqueza
Intensa mas invísivel nos calouros
Os recém chegados ao clube
Clube este dos derrotados e insanos.

Jordana Braz

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Timidez

Cá está: um rosto corado.
Resultado corado de algo falado.
Um rosto de frente ao inesperado,
Parado enquanto o pensar voa, alado.

Tanta timidez, assanha.
Um elogio sincero acanha.
Apanha o ego desprevenido
E perdido num espelho refletido.

Com timbre baixo se faz timidez.
Por medo de erro, talvez.
Pois timbres altos têm seus ouvintes
E a timidez tem no orgulho seu único ouvido, ouvinte.

Jordana Braz

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Verso da saudade

Da certeza: incerteza,
No sentir há sim
Uma tristeza acesa
De leveza semelhante a cetim.

Tristeza essa - saudade.
Serenidade emana na espera.
Quem dera esta se perder na esfera,
Um planeta em órbita na Infinidade.

Saudade não tem forma
E nenhuma cor que orna.
É o vazio repentino
Que o Tempo faz de hino.

Jordana Braz

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Conselho de Grilo

Na boca, a fala diz
O olho entrega, não condiz.
E cega!
Cortando o mal pelo nariz.

Não há quem minta
E pinta e borda, com minha tinta
E minha corda.
Nem come e corta a minha torta.

Se a mentira é prima rica,
A anedota te anota.
Perde o riso e pede o risco.
E risco mesmo quem à adota.

Da verdade, eu quero tudo.
Nunca fico sobre o muro.
Nulos são os sabem-tudo
E quem vive o falso mundo.

Eu não finjo, eu não minto.
Só omito o que não sinto.
Testo mesmo ao relento
Para ver o seu talento.

Pois quem mente, mentiroso!
Nunca teve o nome honroso.
Esculacho o seu trabalho
Só pra te quebrar o galho.

Sinceramente e sem repente:
Mentira, quem ouve, sente!
Quem mente não entende.
E isso, não há ninguém que argumente.

Jordana Braz

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

A sinopse de Praga.

Praga era um peixe.
Um peixe com alma de gato
Ou um gato fantasiado de peixe.
Um peixe pequeno e dourado
Com fobia de aquário.

Sendo Praga, O peixe Praga
Fez seu nome á surdina.
Foi muito regrado em seu ofício,
Nadava com louvor mas de maneira metódica
E não observava o fundo do mar como deveria,
Pois foi gato na alma e formiga por opção.

Peixe único de princípios,
Fascinou intensamente uma sereia,
Só que noutro oceano...
Tentou ser racional por vezes, mas,
Se peixe de nascimento, pisciano é!
Além de gato d'alma e formiga por opção,
Foi astrólogo por conveniência.

Praga com sua alma de gato,
Só não teve as sete vidas.
Zelou tanto por seu ofício, feito formiga,
Que não soube contar como era o fundo do mar.
E sendo racional demais,
Preferiu calar o coração, feito ser humano.

Jordana braz

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

O Festival do Cinza.

Quero vestir o vestido mais bonito,
O mais bonito dentre os que possuo.
Para ir ao festival no qual sempre vou.
Sempre comigo mesma.

Para o meu vestido mais bonito
Resta o meu dia mais feliz.
Onde caminho a passos largos,
Escutando pensamentos altos e tristes
Em bocas pobres ou ricas.
Misturadas em meio a cidade cinza.

Meu vestido mais bonito, perdoe a consciência,
Como posso te dedicar meu dia mais feliz?
Sendo apenas você um pedaço de pano...
Ora, quanto engano tem na vida!
Quanta dor tem ao lado!
E eu só penso no meu vestido de babado...

Sendo a cidade cinza tão bonita
Nos seus vários tons de cinza:
Concreto, nublado e nicotina.
E um mar de pessoas perdidas em si.
Perdidas e cinzas, como seus concretos.

E eu só penso no vestido!
Eu só vejo meu umbigo...
Caminhando rumo ao festival.
Mas a beleza triste e cinza contagia,
Elevando toda a tensão
Até vomitar melancolia.
Penso alto e viro cinza...
Mesmo vestindo o vestido mais bonito no dia do festival.

Jordana Braz

domingo, 10 de agosto de 2008

A moça de pés bonitos.

Para a moça de pés bonitos
E seus 22 anos:
O que será?
Não sabe se declara
Já não sabe se vai dar.

Para a moça de pés bonitos
E suas tatuagens:
Quem a tatuou foi seu primeiro homem
O mesmo por quem
Ela cisma em amar.

Para a moça de pés bonitos
E o seu destino:
Tranca sempre a faculdade
Que sua mãe cansa a pagar
E seus amigos das antigas
Sempre ficam a caçoar.

A moça de pés bonitos...
Descobriu suas virtudes dormindo
E aos seus defeitos morrendo.
Já não dança como antes
Antes mesmo de dançar.
Já não vê as mesmas cores
Cores essas à pintar.
Já não quer o mesmo luxo
Luxo esse que não vive.

Ah, pés bonitos!
Sua moça é tão confusa.
Uma moça tão morena.
Que não bebia cerveja.
E preferia te manter lá nas nuvens
Á sentir a solidez da terra.

Já não tem os mesmos sonhos
Já não quer a mesma regra.
Suas cismas viram rimas
Rimas estas como esta.

Jordana Braz

sábado, 9 de agosto de 2008

Punho fechado.

De punho fechado
A proteção fica extrema
Por medo da perda.
E quem ama, cuida.

Quando o punho perde a força,
A proteção afrouxa.
Perder é consequência
E a quem se ama, sente.

De punho fechado
Para mão aberta.
Quem protegia, abandona.
O protegido, apenas chora.
Ainda na palma da mão.

Em meio às linhas da vida e digitais,
Se segura por vontade própria.
E mesmo que o diabo atente,
Não pula pelos vãos dos dedos.

Prefere estar naquelas mãos.
Prefere ficar à espera do mesmo punho.
E enquanto isso não chega
E por mais que isso demore, continua ali.

Jordana Braz

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Braz e suas mulheres.

As mulheres de Braz não foram muitas.
Dá para conta-las nos dedos
Sem somar o polegar.
Já que foram apenas
Ana, Tereza, Cristina e Martinha.

E os homens das mulheres de Braz?
Sim, Braz não foi o homem ideal.
Foi um acaso.
A exceção de toda regra
Com nome e sobrenome.
Braz Raul.

Ana gostava de negros
E Braz nasceu loiro.
Tereza preferia os altos
E Braz não cresceu muito.
Cristina queria ir à China
E Braz preferia ficar na padaria.
E a Martinha?
Ela adorava a mesma padaria
Mas Braz tinha fome demais para ela...

Virna, sua irmã, dizia:
-" Braz, velho de guerra!
Feio és tu para tuas mulheres
E além de feio, é guloso, anão e sedentário!"

Braz nunca se preocupou com isso.

Ele não foi feito de ideais
Não entendia de padrões
Escolheu suas mulheres
Pelo modo de elas serem:
Ana assumia ter medo da morte.
Tereza sonhava acordada.
Cristina tinha fé.
Martinha não via Tv.
E Braz foi apenas ele mesmo.


Jordana Braz

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O laço.

Te fiz num laço
Onde a cada nó feito
Votos sinceros foram despejados
E deles o mínimo esperado era amizade.

Te fiz com a fita mais bonita,
Na sua cor preferida
E ao olhar pra você, meu laço
Despejei erroniamente todo o meu ser.
Literalmente...

E que ironia: O laço desfez!
Justo em um aniversário.
Meu aniversário...

Ó meu laço!
E eu que havia pensado que você seria resistente...
Já que o fiz com maestria,
Maestria essa que desconhecia em mim.
Uma maestria falha.
Já que meu laço se desfez na minha mão...

E essa mão, meu caro laço?
Te preservei tanto
Que não percebi quando formou
O primeiro calo.
O primeiro de muitos calos que hoje,
Estão nas duas mãos.

As mesmas que um dia foram lindas.
As mesmas que ficavam frias na partida.
E quentes ao seu toque no cinema.
E que hoje sinaliza que o fim,
Para elas, chegaram.

Cansaram de esperar.
Cansaram de escrever.
Cansaram de mostrar.
Cansaram de buscar algo em vão.

Então, para o meu laço fica esta escrita.
Uma recordação daquelas mãos
E mesmo que seja indiferente escrever
Mesmo que pela última vez, saiba:
Você foi meu laço mais amado.
Talvez o maior amor da minha vida.
E como quanto maior a altura, maior a queda...
Ao se desfazer, você foi a minha maior tristeza.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Barbante à mexerica

Para sua cortina de crochê, além das agulhas
Houveram barbantes.
Pois bem, fique sabendo!
E a cada gomo de mexerica, há sementes
Duas ou quatro, não lembro ao certo.
Pois sempre as cuspimos.

E dos barbantes e sementes
De cortina à mexerica
Eu e minhas idéias fixas.
Minha cisma pela cisma.
A cisma pela unidade.
A diferença que cada um tem...
O barbante que cada ser é!
A semente cuspida de cada mexerica.
O individualismo deturpado:
Ego
Credo
Nome
Endereço
Mãe
CPF
Digitais e sua impressões
Não são isso caros indivíduos, não são!
Isso nos fazem pessoas.

Eu cismo com a unidade.
É isso que cismo.
Pela unidade
Unidade do ser
Aquela que grita
Opina a sua maneira.
Talvez primitiva ou adquirida sem medo.
Que diferencia individualismo do individualismo
Talvez social, moral e econômico.
Livre-arbítrio e o tato inato
Daquilo que te faz gostar ou não deste texto.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

As mulheres sempre esperam...

Escrito por Jordana Braz em 4 de Agosto de 2007.
(texto de ensaio do Antiga astúcia e também descrição de uma comunidade no Orkut
.)


O homem certo...
A menstruação que não chega...
A unha crescer pra pintar de vermelho
Ou pra fazer francesinha...
Serem as únicas na vida de um homem...
O último capítulo da novela...
Que suas amigas tenham sempre sorte...
Serem boas mães como as delas são...
A dor de amar demais passar...
A hora de parir após 9 meses...
Perder 3 kg em 5 dias...
Que sua carona espere os 'famosos 5 minutinhos'...
A vendedora pegar aquela última sapatilha da prateleira...
Um creme que acabe com as celulites e as gorduras localizadas que funcionem...
Parar de sonhar...
E muitas outras coisas que só uma mulher sabe esperar...

E o principal:
Esperam serem vistas como pessoas que, se choram muitas vezes , não significa que sejam fracas... Mas sim porque são tantas coisas que exigem delas que no mínimo, elas, esperavam mais compreensão por errar como todo ser humano...

... Mas no fim de tudo: As mulheres sempre esperam parar de esperar...

*Achei que valia a pena entrar no blog, mas é lógico, com algumas correções de português ...
** E pra lembrar que Mulher maravilha não existe!


O mundo é feito de Bridget Jones.

sábado, 26 de julho de 2008

Minha maneira sem nível.

Esse não é mais um poema sobre amor...
Amor este que me move,
E que é forte , feroz e muito paciente...
E mesmo assim, não vou escrever sobre amor!

O que adianta eu escrever?
O que adianta se eu escrever o quanto sinto...
O quanto amo...
A quem amo...

Se a maneira como falo sobre amor é um erro.
Se a maneira como ajo com o amor é retrô.
Se a maneira como sinto é sem nível.
E respirando fundo e contando até três,
Esse poema não será de amor!

E isso é um poema?
Mesmo sem querer, falei sobre o amor?
Sim, falei sobre o que sinto.
Que por mais que eu não queira;
Que por mais que eu evite;
Reconheço que hoje,
Sou fruto de uma paixão intensa
Que se faz madurar ainda como amor.
E que se hoje as coisas são doces;
As cartas de amor que recebi, eu as dedico.
E que se hoje sou o fruto mais colorido;
Ao meu bem amado, eu me dedico.

E se mesmo assim,
Eu sentir algum gosto amargo;
Dedico a mim mesma:
Que das glórias e lembranças,
Escreve, sente e escreve;
E lembranças são lembranças...
Que por mais doces que sejam;
Viram amargas ao se tornarem princípios para uma vida.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Músicas de rodoviárias

Quando a cabeça fica vazia;
Quando a mão esfria;
Quando ao andar,
O chão fica macio...
Feito algodão.

E nesta hora;
As horas não existem.
Se faz como trilha sonora, música de rodoviária...
Rodoviárias são tristes;
Rodoviárias têm músicas tristes;
Nas suas paradas de trinta minutos.

E seus ônibus...
Seus ônibus e suas pessoas;
Seus ônibus e suas esperas;
Esperas e suas saudades;
E saudades e suas distâncias;

Histórias diversas em um único espaço;
E personagens à espera de quem os espera;
E ainda assim, as músicas de rodoviária são tristes.
Talvez pra mim;
Que volto sempre faltando uma parte...
Sendo essa parte
Meu coração.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Só sei que domingo vou à feira.

Só sei que domingo vou à feira.
Da segunda passada sei que pintei as unhas...
E da segunda futura sei que sentirei saudades.
Saudades do mesmo... será?
O mesmo para quem pintei as unhas...
Para rir dos meus pés descalços.
E que domingo eu vou à feira...

E que na terça me fiz presente...
Lá na frente do meu mesmo;
Ensaindo com espelho frases leves;
Para significados enxarcados de intensidade...
Intensidade que se faz boa um segundo
E que corrói por dias.
Eu soube disso sentindo.
E domingo vou à feira.

Quarta-feira as horas não passam;
Quinta, sexta, sábado...
O meu mesmo também contas as horas?
Não, provavelmente não...
A ansiedade típica de Tpm fica comigo.

Tato
Olfato
Paladar
Ah... como eu anseio por isso!

Eu anseio primeiramente com o coração.
E posteriormente com a Uva...
Ele também?
Não, provavelmente não...
Ou provavelmente talvez...
Uva e banana... Frutas se entendem.
Coração e seus sentimentos são quebra-cabeças...
Sem lógica.

E domingo eu vou à feira...
Hippie ou não.
Longe da onde venho.
E perto do meu desejo.
Quem entende?
Desejo não entende vontade.
Desejo tem armaduras frente a distância.
E toda vontade é desprezível.
Não entende quem não sente.

Só sei que domingo eu vou à feira.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Infinita ansiedade.

Engraçado;
Eu sou meu futuro de 10 anos atrás.
E meu passado daqui a poucos segundos...
Acredite, odeio cálculos;
Mas a vida é uma matemática!
Tão difícil quanto geometrias e suas hipotenusas...
Hipotesudas... bem piadinha de professores de cursinho...
Catetos, congruentes e suas fórmulas.
Cadê a fórmula da juventude?
Infinitamente...
Aí a vida deixa de ser matemática;
Números são infinitos!

E finita é minha ansiedade;
O que foi me reservado?
Programamos um programa já programado.
A vida?
Sim!

Uma carta de remetente incógnita
Para seus destinatários...
Temerosos;
Embora não confessem...
Alguns guardam suas cartas debaixo do colchão...
Outros deixam os outros lerem...
Por pura preguiça!
Há outros que fazem de suas cartas;
O melhor presente do mundo!
Cartas de amor;
Quem já recebeu, sabe como é!
Lê, lê, lê até decorar!
Outros rasgam.
Queimam.
Deixam virar cinzas.

Finita Ansiedade
Quanto tempo tem meu tempo?
Finita Ansiedade
Vou ser grata ao meu Hoje?
Finita Ansiedade...
Lá já sei de tudo isso.

Minha carta coloquei em uma moldura.
Leio quando posso
Eu ainda não a entendo
Mas quem vou encontrar lá, entende...

Lá já sei de tudo.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Minha Terra de Gigantes.

Atirar pro mesmo alvo
Sem saber atirar;
É burrice, é burrice...

Há muito tempo;
Muito pouco há de tempo nisso,
Chorei para resolver os meus problemas;
Foi burrice, foi burrice...

Se eu não fosse eu, seria o quê?!
Se fosse o quê, seria qual?!
Qual o quê?!
Qual que há?!
Há sentimento nisso.
Eu faria parte?
Seria balela, é balela, foi balela...

As pessoas são o que são.
Você é o que é e eu sou o que sou;
Não mude;
Não surde;
Não cegue.

Aceite.
Respeite.
Transcende.

Mantenha seus príncípios e indícios
Perante as sentenças de cada cabeça
Mas saiba que a sua verdade é só sua;
E a do Fulano não é a mesma que do Siclano!

As pessoas são o que são:
Umanos que Herram
mas escondem que Herram.

Humano é aquele que erra;
Erra o quanto for;
Até um dia aceitar ;
Até um dia se achar.
E se fixar em terras de Humanos e Umanos...

Nessa tal terra de Gigantes...

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Um anti-herói chamado Amor

Que egoísta é esse tal amor;
Age no corpo e na mente
Na maneira que ele bem entende;
Na maneira que ele quer;
Na maneira que ele cega e mente;
Chega e nem pede licença;
Bem à moda bandida.

É esse tal amor que egoísta torna os apaixonados
Os maridos, as esposas e os Ricardões.
Talvez não o pleno amor;
O amor primário, como amor materno.
Mas aquele amor descoberto;
Na rua, no orkut ou na praia
E que acaba descorberto na cama.
Avassalador
Arrebatador
Destruidor

E tão desnudo perante as diferenças
E tão sádico perante as lembranças
E tão pequeno perante os dias
E tão indiferente perante o outro
E tão desprezível perante a ele
Esse amor despreza quem um dia amou
E nem vê que no ex-amado
Há um pouco dele também.

Amor é tudo amor
O que difere é quem ama e a quem se ama.


*Para os namorados , Feliz dia dos namorados!
Não dêem presentes uns aos outros, só demonstre através de um singelo gesto o quanto é bom amar e ser amado.

E que esse amor seja recíproco por muito tempo.

sábado, 31 de maio de 2008

Onde está Wally? (sem importância)

Faz algum tempo e ainda não dá pra entender o por quê.
E não foi por falta de tentativas... Já inventei algumas fórmulas em vão...
Limpando o borrão do lápis de olho que escorre meu rosto...
Imaginando situações que até hoje não sei se foram coisas da minha cabeça,
Pois se foram, deveriam ter sido o melhor sonho da minha vida!
E não foi: acordei no meio do sonho de uma noite mal dormida!

Ai! isso se torna muito confuso!
Vejo além daquilo que sinto e talvez não seja o sonho 'o confuso' da história...
Intuição não falha.
Lá está mais uma vez a mesma burra!
A mesma tola, a mesma que chora...

E como chora!
Um único pranto...
Nos mesmos olhos míopes que não vê
Aquele que tanto ama de perto...
Olhos estes, entreabertos e tardiamente fadigados.
Começou a entender só agora que chorar não resolve nada , além de que;
O tempo é o senhor da razão, além de que;
Não se acende vela pra santo que não faz milagre e que;
Ser ou não ser é uma questão e que;
Iguais, as pessoas não são serão e que;
Gogumelo é Cogumelo... Oito anos de uma vida falando errado!
Ou mais que meros oito anos...

Enfim... Enfim... Enfim...
Sabendo de tudo isso;
Que a vida é calculista, tipo 1+1=2;
Um mais um é igual a dois...
E que além de calculista, é fria...
Começa a mesma novamente com suas fórmulas!
E que desta vez ela chegue no que tanto espera:
Reconhecer que não há muito o que fazer.

Viver é mágico
O amor é sorte
Clichê é o pra sempre

^

E ainda assim a mesma não o esqueceu...

* Há uma mensagem subliminar ... uí, que meda hehe!
**Desabafar é bom... E a mesma espera que as coisas não mudem se caso a mensagem for decifrada a quem é dedicada. Ela entende que nada é recíproco, a vida é movimento e tudo são épocas... A mesma sabe do lugar dela...

quarta-feira, 21 de maio de 2008

1/4

Eu não sou de todo mundo.
Eu não preciso de muitas coisas.
Eu não conto com os meus dias passados mas agrado meu dia presente.
Espio o futuro como alguém que não quer nada mas como todo errante egoísta; quer tudo.
Eu apenas espio, já que o futuro costuma se desnaturar e acaba perdendo a sua maneira de ser exata, milimetricamente exata.

Como eu já havia citado: 'eu não sou de todo mundo'.
Aliás, as pessoas não são uma das outras!
Elas cedem apenas 1% delas. As que cedem 2% geralmente são as que se decepcionam,
as que cedem 3% são as mães e as que cedem 4% fazem parte das lendas urbanas...
As pessoas cedem uma parte delas só.

- "Tá e o que que isso tem haver?"- disse o leitor gentil deste blog (esse leitor é você, sei que pensou isso...).

- " Calma, ainda não conclui meu raciocínio."- respondeu a minha pessoa.

(...) Então, isso demonstra que as pessoas não 'se' conhecem o tanto que elas pensam que conhecem.
Por mais que você ame seu namorado, irmão, amiga, mãe, avó, cachorro e etc, você não as conhecem de verdade, você conhece aquilo que elas te cedem. Se você ou eu fossemos de alguma pessoa ou de todo mundo, não teríamos problemas, não choraríamos, não ficaríamos depressivos e carentes... Todo mundo ao redor teria a cura pra os anseios que cada ser humano tem!

Conversar com sua mãe ou com suas amigas é sempre bom. Ouvir seus conselhos ajudam, mas saiba de una cosita: a auto-conversa é 8° maravilha do mundo!

Fale sozinha: sozinha na frente do espelho, sozinha na cama, sozinha no metrô, com voz baixa ou em voz alta ou só usando o silêncio do pensamento... não importa aonde, mas fale, converse com você mesma!

A única pessoa deste mundo que literalmente te tem nas mãos é você mesma!
Só nós mesmos sabemos onde começa o buraco e suas causas e como é a maneira mais prática de tampa-lás.

Antes de torrar as paciências daqueles que te querem bem e usar e abusar daquela famosa frase solidária ' conte comigo', conte com você mesma!

Isso não é um post do tipo " cada um com seus problemas". Claro que não é!
É um post mais voltado para " Siga seus instintos. Se escute. Se ame!"
Seja o único grande conhecedor de si mesmo!
Apartir daí você saberá aproveitar bem daquelas pequenas partes que as pessoas te cedem e que fazem um bem danado:
Amizade, confiança, carinho e qualquer outro sentimento bom...

terça-feira, 29 de abril de 2008

Cheiro de movimento

Não estou falando de cheiro de suor não!
Muito pelo contrário...
O cheiro de movimento dos dias a passar é adocicado. É um cheiro que chega a ser mutante, não fica só no olfato; se transforma em novidades visíveis e tocáveis.
Auditivas muitas vezes.
Novidades!
Só aparecem quando você permite ou quando você perde o medo e dá mais um passo, á frente!
Coisas novas, a vida passando junto com os dias, o relógio mesmo atrasado em seu movimento circular... movimentos, movimentos, movimentos...
Fazem as coisas boas e ruins ficarem lá atrás, no passado, nas fotos, nas lembranças...
Faz a dor passar.
A ferida cicatrizar.
A saudade ser serena.
O desejos serem frios.
Faz você ser outra pessoa com mesmo nome e sobrenome...

Eu gosto desse cheiro. Percebi que é necessário gostar. Não cheira a mofo!
Não é estático. Não é uniforme.
Mas há cheiros que empreguinam de tal modo que nem esses "Cheirosos movimentos" conseguem tirar. Pode ser cheiro de más recordações ou de boas lembranças, cheiro de pessoas, lugares...
Cada pessoa sabe o seu perfume "empreguinante".
Os meus cheiram a vinho Malbec e cheira a Verniz.
Cheiro de verniz me leva á 1990...


Para você que teve a paciência e a boa vontade de visitar e ler esse blog, aqui fica uma dica:
Seja um cão farejador: Use mais o seu olfato!

*Só tampe o nariz quando algum xarope soltar um peidinho bem fedidinho!

terça-feira, 15 de abril de 2008

Vamos ser Old school?

Que mulher melância que nada...
Mulher gostosa é a Bettie page!!

Que Mp3 que nada...
Viva o disc man e porque não os walkmans!
(alguém lembra disso???)

Que câmera digital que nada...
Nada melhor que o suspense de esperar revelar o filme pra saber se a foto da festa ficou boa...

Que mané Nx zero que nada...
A melhor boyband que já houve nesse mundo foram os Backstreet boys...

Que bosta de Hanna montana que nada...
A garotinha mais adorável de seriados americanos foi a Punky!!

Que rede Tv! que nada...
Foi na rede manchete que eu assistia a Sailor moon e o Shurato.
E a Xica da Silva também!!
(via escondida mas tudo bem...)

Que promiscuidade de sair ficando com qualquer um que nada...
Relacionamentos, não importa o tempo que dure, não são descartáveis.
Usar e jogar fora: isso é válido para copinhos de plástico!
(sentimentos não são plastificados... ainda!)

Aff... tem tantas coisas além dessas que, embora estejam no passado, são muito mais legais do que as coisas atuais.

Acho que tem só 2 coisas que eu prefiro no mundo contemporâneo:

DVD: Era uma PEIDA ter que rebubinar as fitas cassetes pra devolver na locadora!!!

As pessoas de 20 e poucos anos: Elas já sabem e me conhecem muito bem...
( adaptação tosca do início da música do pai da Cléo Pires...)

Não vou ser hipócrita:
Novidades são sempre bem-vindas, afinal é isso que move o nosso planeta. Mas sei lá... novidades não tem aquele cheirinho de novo...
Sei lá!
Parece cópia daquilo que já conhecemos e pra piorar, muitas são cópias muito mal feitas!


Sabe aquela sensação de que a última infância feliz foi a da sua época de criança?
O motivo não é porque você hoje em dia é adulto e não vê mais o mundo com o olhar inocente, é que tudo tá muito pirateado. O fácil acesso a tudo infelizmente não prioriza a qualidade.

Aliás, o mundo de hoje tem preguiça da qualidade.
Prova disso é o Miojo: ele não substitui em nada a comida feita por mãe ou a velha macarronada da vó...


Aquela macarronada de domingo, sabe?!

Supimpa...

quarta-feira, 26 de março de 2008

Maior Hedonista que a vida, não há!

Ah... fantasias e sonhos!
Criar pensamentos positivos em situações cabulosas, ver amor onde não há, pensar que Deus é um velhinho de enorme barba branca, que papai noel existe, acreditar que ainda existe pessoas boas... Quem nunca pensou nessas coisas e/ou até acreditou nessas coisas pra tentar deixar a vida como ela deveria ser no seu conceito de perfeição.


E a dor?
Aposto que depois daquela perna quebrada, você nunca mais tentou fazer manobras de skate sem saber andar direito ou só parou de apertar o fucinho do seu cachorro depois de levar uma mordida; O ser humano só aprende de verdade com a dor!


Fetiches e Sadomasoquismo.

Antes de xingar seu amigo de depravado por ele ser cliente vitalício de um sex-shop e achar que chicotinho e roupa de couro é coisa de pervertido, que vai ficar queimando pela eternidade no inferno, tente observar que direto e reto você fez parte de brincadeirinhas prazerosas para a vida, ménage à trois, 69, contos eróticos... Você já fez a vida gozar muito!
Não importa como!

Os fetiches e as dorzinhas que viver nos causa são para o bem... sério!
Vai que com essas coisas a vida esteja procurando o seu ponto G??!

(Já que sexo só é bom quando tem trocas sinceras de ambas, triplas ou de todas as pessoas participantes do ato!)


Enfim, relaxar deve ser a alma do negócio e o orgasmo, a conseqüência!
Só vivendo e tranzando pra saber...

sexta-feira, 14 de março de 2008

Quis tanto até com Farofa e Goiabada!

Será que todo mundo já passou por isso; de querer tanto uma coisa ao ponto de não saber como seria sua história sem ela?
Ás vezes você quis tanto e muitas vezes nem sabia o motivo desse querer avassalador...
Querer uma coisa não importando como e quando, mas querendo mesmo assim.

Não cabe dentro de mim a imensa vontade de ainda querer essa mesma coisa... Mas uma coisa é fato: o imenso, mesmo que demore a achar, tem o seu limite.

Eu já quis tanto... nossa!
Já quis a mesma coisa em todos os sabores, em todas as hipóteses, em todas as circunstâncias, em todas as cores, com farofa ou sem, com cobertura ou não, com goiabada ou com queijo-minas ou com os dois juntos*, sem dente ou com prótese... chega a ser absurdo isso, mas é verdade: Eu quis muito!

Quis dá a idéia de termino. Eu não terminei de querer, eu apenas cansei. O pior de tudo é que não é uma coisa impossível, é possível mas não sei... Um sorvete de casquinha não é um sorvete de casquinha quando só tem as bolas do sorvete, precisa da casquinha e se caso estiver em falta a casquinha, só o fato de saber da intenção de alguém ir comprar mais casquinha, já dá um estímulo e as bolas do sorvete retornam a fazer parte do pomposo nome "sorvete de casquinha"!

(I KNOW, eu sou PÉÉÉssima pra exemplos... aposto que ninguém entendeu!)


O que me cansou foi ter tido o tato de perceber que no lugar do querer ocupou a indiferença.

E como diz aquela frase: "Vontade dá e passa"... pode até demorar, mas passa!


Experiência própria.


* Romeo e Julieta... engorda que só!

quinta-feira, 6 de março de 2008

Reinventar é a alma do negócio!

Se algo não deu certo, se você não está satisfeito e tá achando sua vida uma mierda?
Não tenha medo, arrisque e faça outra coisa!
Comece outra história... quanto mais se mexe na merda, mais ela fede!
É tosco isso, mas é verdade!

Não tente concertar nada... faça outra coisa.... sei lá.
Não é falta de persistência, é apenas senso prático!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Achar o presente é difícil... eu não entendo!

Já que o presente não dura sequer 1 segundo... Ele praticamente não existe!
Posso falar que o presente é hoje, tipo "o tempo que eu tô passando aqui escrevendo isso" mas na verdade isso já faz parte do passado... Ah que bobagem isso!

A contagem do tempo é o tema principal para os meus pensamentos. Eu acho muito confuso os dias, um pouco desorganizado até! Inclusive, eu já quis por muitas vezes organizar meu tempo, aliás, meus dias, minha vida... Já quis ter uma banda antes de terminar o colégio, queria ter um grande amor na adolescência, pretendia ser mãe com 30 anos, pensava como seria as bodas de ouro dos meus pais, em ir assistir um show do Qotsa com o Nick Oliveri no baixo... Meus Deus!
Atualmente vejo que nem 5% do que eu planejava chegou a acontecer.
Meus pais se separaram, tive apenas uma banda que praticamente ficou no papel, o Nick Oliveri já saiu à tempos da banda e ser mãe geralmente é consequência de um grande amor(ou apenas de um grande momento de tesão...) e isso é algo que eu sei lá, pessoas intensas demais são as que mais se machucam ao lidar com isso... como eu!

(vamos abafar o caso, Ok?)



Com tudo isso, eu de uns tempos pra cá, danço conforme a música, sabe?
Tô vivendo cada segundo e me adaptando a tudo que é me oferecido...
Se derem a você (caro colega que teve piedade em forma de gentileza e resolveu ler esse blog!) um limão, não perca tempo; faça uma caipirinha!

Traçar como o daqui a pouco vai ser não é tão interessante como
viver as surpresas que o famoso 'um dia após o outro' nos traz!


Nem no The sims a vida é tão previsivel...