terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Prefácio humano

Eu era mais feliz quando não questionava,
Quando me valia um riso chulo sobre uma vida qualquer.
Eu penso... como dói.
Dói... aquela dor sem marca, vazia dor.

Por mais que eu abstraia o mundo alheio,
O meu próprio mundo não me abstrai.
Me bota triste e indefesa em meio a tanta incerteza.
Certezas que sinto mas prefiro vê-las como acaso...

Nisso tudo, só tenho a certeza que Deus existe.
Um Deus não agnóstico... uma força não física, sublime.
E uma fé que não se fez na igreja nem na bíblia...
Minha fé.

Sou mais uma poeira no cosmo que brinca de existir.
Respira um ar filtrado, Inspira pena para si mesmo.
Poeira que morre para um planeta
Quando nasce para o universo.


Jordana Braz

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Fama

Não há mais medo que me amedronte,
A vida engraçada me mostra em dias
Que quanto mais medo se tem,
Mais rápido o medo acontece.

E se me pego pensando, o corpo em inércia, move.
Quantas pessoas entram na minha mente
Sem eu saber, sem elas saberem...
Mas ao pensar no mundo, ele não pensa, o mundo não para
E eu aqui penso... vejo a vida passar em gerúndio.

Que triste fim terá aquela que pensa?
Mais um Policarpo Quaresma no Brasil com "s" ...
Pois bem, eu não sei... pensar nisto agora não!
O homem faz a sua fama e a minha eu prefiro não pensar.

Jordana Braz

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Saia indiana

Eu a vejo o dia todo
E pensava nela diariamente no passado.
Ela lê livros que não a prende,
Os olhos voam sobre as letras sem síntese
Enquanto coça a cabeça de cabelos curtos.

Ela lê e escreve, coisas que não aprendera no prézinho.
Teve a mãe como a primeira professora, além de mãe.
Costuma sorrir para o espelho, vestir saia indiana
E sempre vê beleza nas flores que não recebe...
Moças que recebem flores são aquelas dos sonhos de homens frouxos.

E usando uma onomatopeia qualquer,
Como uhmmm... pensa que isto tudo escrito
Não seja uma auto definição
Mas por mais que não, talvez a defini.


Jordana Braz