segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Vício em Tarot

Todas as dúvidas que possuo hoje, amenizo nas cartas de tarot. Não são nas cartas de papel, vejo meus conselhos pela tela do computador. Daqui uns anos, será sonora as cartas. É simples fazer conexão com o momento que passamos e a direção que as cartas mostram. Não entendi quando uma das cartas representava " saiba separar o joio do trigo", grande engano meu crer que já estava a fazer isso desde que percebi que a fé no outro, nunca pode ser cega. Pois bem, o que seria o joio e quem seria o trigo? Ou quem seria o joio e o que seria o trigo? Usando da sinceridade, não sei até agora mas posso interpretar que sempre haverá muito mais coisas atrás do além das coisas. Os afagos que recebo não serão tão positivos quanto a sensação de constrangimento que já senti e que irei sentir. A vergonha alheia nada mais é que uma ação insegura e sem jeito, que nunca funcionará como crítica e esta incrível que pareça, nunca será para derrubar. A zona de conforto fica desconfortável se não houver o lado "ruim'' das coisas. Demora para notar, mas um dia acabamos percebendo e tudo fica mais fácil de lidar. Crescer é muito mais uma questão de lógica de que sacrifício. Faz-me rir, mesmo que de modo sádico, notar que todos aqueles que tentaram me destruir, continuam os mesmos. Não por serem seres superiores, mas por serem seres medíocres. Foram os que me fizeram mais forte e são os únicos que continuam por alí, na zona de conforto criados por eles. Enquanto um dedo esticava para mim, quase meio punho indicava para eles. Discernir o que é implicância e o que é crítica chega ser simples, mas nunca da mesma maneira. O joio e o trigo parece ser mais cansativo, mas é simples... O universo nunca nos mostra nada daquilo que não podemos resolver, fácil ou difícil. E caso nosso lado vítima seja forte, rogar praga é a pior coisa, tudo que é leve é mais suscetível a evaporar mais rápido e depois disso, torna-se comum a todos, inclusive para quem rogou. O progresso é longo, pode demorar anos, mas é a vingança mais justa; A vingança é um prato que se come frio e esses ditados populares não são algo popular fútéis. Talvez este seja o joio da minha vida.






Jordana Braz

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

500 anos luz

Ele me gosta e me deseja como um bolo.
De todos os meus receios aos meus seios, ele gosta de mim!
Seu querubim? Não, não apenas isso, talvez eu seja seu marfim.
Talvez seu consolo... ah! meu tolo!

Imaginava-lhe a brilhar bem para lá, em quinhentos anos luz,
uma estrela como a minha que me toca em pingente,
no colo onde lhe espero para sempre, permanente.
E a cada gesto feito, um suspiro me traduz.

Somos tão velados um para o outro,
que não meço mãos e beijos em minha carne
Apenas sei que ele me olha em cada parte...
Tão sensatos olhos que me parte e faz da noite meu porto.

Ele me gosta da maneira mais doce mas tem o paladar para o amargo, assim como eu gosto da maneira mais amarga, mas tenho o paladar para o doce.






Jordana Braz

domingo, 1 de agosto de 2010

Ras

Das duas semanas que espero, uma já passou e acentuou mais todos os meus desgostos com a vida que vejo pelas janelas. Hipócritas paisagens, com máscaras feitas de carne e osso. Eu, por mim, não consigo ser mais forte, há uma resistência tão grande nas pessoas, nas suas roupas, nas suas músicas, no jeito que vivem a vida... Querer mudar o mundo, as pessoas... Não sou Jesus, não fundei igreja, ou seja, não quero e não sonho converter ninguém... Só gostaria de observar vidas mais sinceras. Gostaria de viver a minha apenas e saber que ela não será assunto em mesas de ninguém. Nas duas semanas que espero, o vazio não é completo, mas é um terço que eu sinto com saudade. Lacrimejam os olhos só de sentir. Um sentimento estranho que serve de base para a saudade, um gostar sem ser o normal de gostar de alguém. Talvez uma felicidade do saber que existe alguém: a lanterna para os meus caminhos com penumbra. Lanterna, lâmpada e bateria. O primeiro a ter agradecimentos depois dos meus. Não gosto de posses pois elas não ornam com minha liberdade, que já foi ferida pela falta de controle de sentimentos iludidos com contos e anedotas. Tantos, muitos e excessivos. Equilíbrio estou tomando em doses, troquei a cerveja por ele, me dará mais ânimo e menos barriga. Doses homeopáticas só das pessoas, devagar, preciso aprender a não temer aqueles que também são mortais. Uma parte do meu própio espelho, que me reflete como humano mas não como ser.






Jordana Braz