segunda-feira, 19 de julho de 2010

Inferno astral

Caso ofereçam minha pele, não será por egoísmo que direi isto, mas não aceite. Talvez seja bonito olhar as marcas da minha pele mas não queira vesti-las, não queira entendê-las nem admira-las; se estão no corpo, não foi porque as quis. São meus filhos não planejados em plena adolescência, sendo eu hoje uma mulher e mãe de cinco filhos, contando com aquele que ainda está no ventre. Eu não canso de errar e o complicado é querer entender o motivo para os erros. Não culpo mais alguém, não exijo mais ninguém e do que eu preciso pode estar em algum além, que ainda não tive a coragem de levantar a sola do meu pé para iniciar o primeiro passo. Admitir covardia é tão fácil! Não queria apenas assumir, gostaria de arrumar toda a bagunça que está em mim e que eu mesma fiz. E em reflexão em cima de reflexão, me encontro em meu inferno astral, onde já queimei metade dos meus entes e igos por puro capricho baseado em uma intuição que só o ascendente em escorpião poderia me dar.








Jordana Braz

2 comentários:

Priscilla Castro disse...

A verdade de nossos dias...
que os outros não a queiram.


beijos!

Unknown disse...

Hey, não vou comentar em todos, decidi apenas pelo primeiro. Acredite, li todos os teus posts, e adooorei! Você escreve muito bem, me identifiquei com várias escritas, e vou recomendar teu blog. Parabéns!