segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Manu Chao

Acordar brasileira todos os dias é uma faca de dois gumes: temos sol em pleno fevereiro e temos velhos e maus costumes. Sim, nossa cultura é folgada e só pensamos no coletivo e no bem dele quando nosso espaço está garantido. Porém, não existe apenas nosso espaço, já que estamos em um coletivo e nisso não digo em transporte mas para tudo. Existem outros espaços para todos os lados e eles merecem respeito. Ceder ás vezes não é ruim porém saber quando se torna abuso fica feio.
É estranho eu amar tanto nossa cultura mesmo ela sendo folgada, já que o que há faz folgada são as pessoas, sempre elas. O brasileiro é folgado por hábito e isso é ensinado mas passível de ser desaprendido. É habito jogar lixo no chão, fazer fofoca, não ceder lugar para idosos, bancar o esperto furando fila ou apertando ou simplesmente 'roubando' espaço no público em shows quando se chega atrasado. Essas coisas tão ridículas que se tornam até engraçadas acontecem TODOS OS DIAS e acabam com um dia que poderia ser perfeito. Confesso que por morar 'longe' da capital e utilizar cptm para ir onde eu preciso, me atraso ás vezes mas nem por isso quero tirar vantagem onde não tem: se chego atrasada em algum lugar, faço questão de não atrapalhar o que já havia começado sem mim. É coisa simples, bom senso! E é o que falta no mundo hoje: pessoas de bom senso, honestas consigo e com os demais.
Talvez eu esteja puta porque consegui ver apenas 30 minutos de Manu Chao por causa disso; cheguei cedo para o show, garanti um bom lugar porém vi inteiro um bom maracatu e apenas 30 minutos do Manu Chao, verdadeira razão de eu estar lá. Não combino com má educação, não combino com panelinhas e não combino com pseudos qualquer coisa. Sai de lá cansada e triste com tanto desperdício de cultura, brasileiros como eu mas que não fazem valer a grandiosidade da nossa cultura e fez feio para gringo ver.




Jordana Braz

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