quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Os três dias

Caso um devaneio se repita por tempos, anos, ele perde o status de devaneio. Não sei, é um sentimento forte, um desejo, algo que se aflora quando me espelho em uma imagem que não possui meu rosto mas que de algum modo me tem alí. Vale os olhos lacrimejarem como um suspiro quando não sei mais o que pensar. É automática a condição humana de sempre sonhar em fazer de tudo em uma só vida. Eu já quis ser cantora, juíza e hoje me contento em não ser tão bonita. Me contento também em falar baixo, sorrir quando necessário e lidar com o jogo bobo de possuir alguma estima. É foda quando não há foda. É triste para não dizer que isso acaba comigo. Enfim, se eu pudesse ter mais uma vida que não fizesse diferença se durasse o suficiente para alguns grandes feitos... Fazer história é sempre melhor do que ouvir a história. Não possuo paciência de um bom ouvinte embora eu empreste meus timpanos para os meus verdadeiros amigos queridos que, ainda bem, são poucos. É inconsciente rever os últimos 362 dias que beiram um aniversário. Legal? Pode ser, é inevitável.







Jordana Braz

2 comentários:

Cíntia' disse...

"Fazer história é sempre melhor do que ouvir a história"
Concordo plenamente com você.

Rodrigo Mota disse...

Gostei bastante de seu texto, e do blog também! :D
Tenho um blog tb, porém comecei a pouco tempo... da uma olhada pra mim?
http://sinestesicamentefalando.blogspot.com/
se quiser/puder, pode até seguir, rs